terça-feira, 29 de dezembro de 2009

We've Got That Atitude : P, M. A. !!!



'LOVE The Smell of the Napalm in the Morning!!'






'Same day this war is gone END '



Bronzes de Máquiz

Bronzes que faziam parte de um conjunto pertencente a um carro ibérico encontrado em Máquiz.

O carro era um simbolo de poder aristocrático da época. Junto estavam alguns outros objectos como uma pedra gravada , fivelas de marfim, espelhos e ainda algumas armas de guerreiro....

domingo, 27 de dezembro de 2009

''Prometeu acorrentado''

'' ... PROMETEU

Ai de mim! Doloroso será, para mim, vo-lo contar, mas não menos doloroso silenciar; tudo agrava a minha angústia. O ódio acabara de romper entre os deuses em dissídio. Uns queriam, expulsando Saturno, dar o cetro a Júpiter; outros, ao contrário, esforçavam-se por afastá-lo do trono. Em vão procurei dar os mais prudentes conselhos aos filhos do Céu e da Terra, os Titãs; sua audácia desprezava todo o artifício, toda a habilidade; eles supunham triunfar sem esforço graças a seu próprio poder.

Quanto a mim, Têmis, minha mãe, e a própria Terra, adorada sob tantos nomes diversos, me tinham profetizado que, no combate prestes a travar-se, a força e a violência de nada valeriam; o ardil, tão somente, decidiria da vitória. Quando lhes anunciei este oráculo, mal consentiram em ouvir-me! Em tal emergência, pareceu-me prudente, acompanhando minha mãe, adotar o partido de Júpiter, que insistia comigo para que o apoiasse. Graças a mim, e a meus conselhos, foi-lhe possível precipitar nos negros, e profundos abismos do Tártaro, o venerando Saturno e todos os seus defensores. Após tamanho serviço, eis o prêmio ignóbil com que me recompensou o tirano do céu! Tal é a prática freqüente da tirania: a ingratidão para com seus amigos... Mas o que tanto quereis saber: a causa do meu suplício, eu vou dizer agora.

Logo que se instalou no trono de seu pai, distribuindo por todos os deuses honras e recompensas, ele tratou de fortificar seu império. Quanto aos mortais, porém, não só lhes recusou qualquer de seus dons, mas pensou em aniquilá-los, criando em seu lugar uma raça nova. Ninguém se opôs a tal projeto, exceto eu. Eu, tão somente, impedi que, destruídos pelo raio, eles fossem povoar o Hades. Eis a causa dos rigores que me oprimem, deste suplício doloroso, cuja simples vista causa pavor. Porque me apiedei dos mortais, ninguém tem pena de mim! No entanto, tratado sem piedade eu sirvo de eterna censura à prepotência de Júpiter.

O CORO

Que coração de granito, ou de ferro, deixará de partilhar de teu sofrimento, ó Prometeu? Nós, que o vimos, temos o coração transpassado pela dor.

PROMETEU

Sem dúvida, meus amigos se condoerão de mim.

O CORO

Mas... nada mais fizeste, além disso?

PROMETEU

Graças a mim, os homens não mais desejam a morte.

O CORO

Que remédio lhes deste contra o desespero?

PROMETEU

Dei-lhes uma esperança infinita no futuro.

O CORO

Oh! que dom valioso fizeste aos mortais!

PROMETEU

Além disso, consegui que eles participem do fogo celeste.

O CORO

O fogo?!... Então os mortais já possuem esse tesouro?

PROMETEU

Sim; e desse mestre aprenderão muitas ciências e artes.

O CORO

E por isso é que Júpiter te castiga tão cruelmente? Não terás, por acaso, um repouso sequer? Virá, um dia, o termo de teus males?

PROMETEU

Nenhum fim, senão o que ele quiser.

O CORO

E acaso quererá ele, um dia? Não sentes o teu crime? Censurá-lo, porém, não nos causa prazer, e agrava tuas dores. Silenciemos, pois, e trata de te libertar.''


''Prometeu acorrentado'' - Ésquilo

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natalis Solis Invictus/ Nascimento do Sol Invencível



Natalis Solis Invictus/ Nascimento do Sol Invencível



quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

mensagens


Artes de Cura e Espanta-Males


“Artes de Cura e Espanta-Males – Espólio de Medicina recolhido por Michel Giacometti”

''Residente ainda hoje no Museu da Música Portuguesa, este notável espólio – recolhido por Michel Giacometti, organizado em 5500 fichas de doenças – foi, pelo entusiasmo e trabalho de Miguel Magalhães, Ana Paula Guimarães e Ana Gomes de Almeida, preparado, classificado e exposto perante olhares de médicos especialistas, poetas, artistas, investigadores, professores; afinal, gente com vontade de conhecer e comentar, como impulsivamente lhe apetecesse, os textos de rezas, ladainhas, provérbios, orações (frequentemente com ervas, às vezes através de pedras ou animais) para recuperar males de, por exemplo, tensão arterial, hemorróidas, gangrena, brotoeja, raquitismo, halitose, anorexia, leucorreia, anemia, coqueluche, nefrite, ciática, apoplexia, doenças dos olhos, tumores, epistaxis, fracturas, fogagem, bronquite, insónias, cãibras, blenorragia, picadas de abelhas, hemorragias, piolhos, afrontas, espigas das unhas…''

Fonte: Museu do Trabalho

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Capitan Harlock il pirata tutto nero !

Dies Natalis Solis Invicti


Dies Natalis Solis Invicti

domingo, 20 de dezembro de 2009

Her gentle spirit

Um Excelente Soslticio !



Um excelente Solsticio!!


sábado, 19 de dezembro de 2009

Avé Roma !

Fracturas internas

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O problema das fracturas internas e as consequências que algumas poderão originar no Futuro, assim como, no aparecimento de novos problemas e falsas realidades....

Irresponsábilidades & Egoismos .
Olhar para um Todo e reconhecer os seus limites aprendendo a viver com eles no presente e não em futuros e miracolosos,egoistas anciedades ou em meras conquistas fisicas.
Ser o Uno no Todo.






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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Lili Marlene

Museu da Cortiça de Silves em risco

Museu da Cortiça de Silves em risco


''Em baixo, divulgamos uma declaração da direcção da Comissão Nacional Portuguesa do ICOM sobre a situação em que se encontra o Museu da Cortiça de Silves.

Em Defesa do Museu da Cortiça de Silves

A Direcção da Comissão Nacional do ICOM (Conselho Internacional dos Museus) tem vindo a acompanhar, com preocupação crescente, a situação vivida pelo Museu da Cortiça, situado no perímetro da chamada Fábrica do Inglês, em Silves.

Segundo notícia da imprensa, o empreendimento comercial em que o mesmo Museu se insere, designado por Fábrica do Inglês S.A., encontra-se em situação financeira crítica, virtualmente em situação de falência. Neste contexto e não obstante a participação, mais teórica do que real, da Câmara Municipal de Silves no capital constituinte da citada sociedade comercial, o Museu da Cortiça corre o risco de encerrar, sendo imprevisível o destino a dar ao seu preciosíssimo acervo.

A acontecer, esta situação constituirá um exemplo sem precedentes no nosso País, o qual causa a maior perplexidade, tanto mais que o referido projecto e museu foram durante alguns anos apresentados como exemplos paradigmáticos de uma nova modalidade de articulação entre as finalidades colectivas e as conveniências privadas, na gestão de acervos museológicos unanimemente reconhecidos como de interesse público. Recorde-se a propósito que o Museu da Cortiça de Silves, recebeu o prémio de Museu Europeu do Ano, em 2001, tendo o júri referido precisamente o carácter englobante do projecto.

Importa-nos sobremaneira salientar o interesse público que está em causa: o Museu da Cortiça é detentor de um acervo, seja na vertente de instalações equipamentos industriais em exposição, seja na vertente de arquivo documental em reserva, que nenhuma forma pode ser alienado do uso público e muitos menos desbaratado, por desmembramento, venda ou abandono. As autoridades de tutela do património industrial e dos museus, tanto a nível nacional como sobretudo a nível municipal, instituem-se perante o País como garantes da salvaguarda deste acervo, devendo os seus titulares ser pessoalmente responsabilizados pelos actos ou omissões que pratiquem neste contexto.

Os organismos do Estado e os seus agentes têm de actuar como pessoas de bem. O que significa respeitar escrupulosamente a garantia da perenidade dos acervos que constituem memória colectiva. Não se trata sequer de matérias referendáveis, tal como se não referenda a alienação de monumentos ou tesouros nacionais, por muito que a sua manutenção represente um encargo e a sua venda pudesse constituir um alívio momentâneo das finanças públicas. Há bens que não se vendem; há hesitações ou desinteresses que não se perdoam.

Estamos esperançados em que o bom senso prevaleça e que a presente situação crítica seja ultrapassada. E que das ameaças se façam oportunidades, o que significa neste caso adoptar as medidas que coloquem o Museu da Cortiça ao abrigo de sobressaltos equivalentes no futuro. Medidas que podem até ser relativamente simples: separar o Museu do projecto comercial no seu todo, reforçando a sua personalidade própria: entrada autónoma, regulamento interno de funcionamento, fixação de um quadro de pessoal mínimo, invertendo a situação de despovoamento em meios humanos que vinha existindo do antecedente. Impõe-se igualmente proceder no mais curto prazo ao inventário exaustivo de todo o acervo, única forma de garantia do seu controlo e da sua desejada perenidade.

Se isto for feito, o Museu da Cortiça pode regressar aos dias em que teve mais de 100 mil visitantes anuais. E a cidade de Silves pode voltar a orgulhar-se por ter um museu único, que já foi considerado o Melhor da Europa no seu género.''

A Direcção da Comissão Nacional Portuguesa do ICOM,
em 15 de Dezembro de 2009.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Beauty of Life and Eternal War - Von Thronstahl

O Livro do Esopo

O Livro de Esopo


Prólogo

'' Segundo diz o Livro da vida e dos costumes dos philosofos, conta-se no tempo d’el-rei Ciro, rei da Persia, este autor vivia o qual se chama Esopo Adelpho, e foi grego da cidade de Antiochia e foi ainda poeta famosisimo e de grande engenho, o qual fez este livro em grego, e depois foi treladado de grego em latino de hüu sabedor chamado Rromulo. Aqueste Exopo no primeiro anuo do predicto rei Ciro se conta que fosse morto de maa morte por enveja.
Este Esopo em aqueste seu livro põem muitas estorias fremosas d'animalias, de homëes e de aves e de outras cousas, segundo em ele veredes, pelas quaes ele nos ensinava como os homëes do mundo devem de viver virtuosamente e guardar-se dos males.
E assemelha este seu livro a hüu orto no qual estam flores e fruitos: pelas frores se entendem as estorias, e pelo fruito se entende a sentença da estoria; e convida os homëes e amoesta-os que venham a colher das frores e do fruito.



O lobo e o cordeiro


Conta-se que o lobo bebia hüa vez em hüu ribeiro, da parte de cima, e o cordeiro bebia em aquel medês ribeiro, da parte de fundo Disse o lobo ao cordeiro:
– Porque me luxas a augua e dapnas este ribeiro?

E o cordeiro respondeo e disse homildosamente:
– Eu nom te faço enjuria, nem luxo o rio, porque a augua corre contra mim, e a augua é mui clara; e pero se a quisesse abolver, nom poderia.

Outra vez o lobo braada forte e diz:
– Nom te avonda que tu me fazes enjuria e dapno e ainda me ameaças?!

E o cordeiro outra vez homildosamente respondeo:
– Nom te ameaço, mais eu me escuso com boa razom.

E o lobo respondeo outra vez:
– Ainda me ameaças? Já semelhávil injuria me fezeste tu e teu padre, som já bem seis meses.

O cordeiro disse:
– Ó ladrom, eu nom ei tanto tempo!

E o lobo, iroso, disse:
– Ó mao rapaz, ainda ousas de falar?

E foi-se a ei e matou-o e comeu-o. ''

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Solsticio com Rodrigo Emilio



Sairá dia 20/21 de Dezembro !!!!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Forseti - Europa

Degolação de S. João Baptista

Degolação de S. João Baptista



Guimarães, 1510-1550, Convento de S. Francisco Fresco representando o episódio da degolação de S. João Baptista. Como pano de fundo, à esquerda, vê-se uma casa com torre. Há duas cenas em primeiro plano: uma interior e outra exterior.

Do lado direito, sentado a uma mesa com alguns alimentos (um cálice, um prato com um frango e pão) está Herodes de barbas compridas, com as mãos levantadas e os olhos fechados.

À sua esquerda encontra-se Herodíade, a cunhada, com a cabeça inclinada para o lado direito agarrando a cabeça de S. João Baptista pelos cabelos na mão esquerda e exibindo uma expressão de satisfação, também evidenciada pelo gesto da sua mão direita com dois dedos levantados em sinal de vitória. Em pé e à sua frente, Salomé apresenta-lhe a bandeja com a cabeça do santo. Do lado esquerdo do quadro, está o santo ainda ajoelhado e com as mãos em sinal de oração mas já sem cabeça. Aparece ladeado por dois soldados, um dos quais se encontra ainda de espada em riste.


sábado, 12 de dezembro de 2009

Arte animação de areia !



Entrevista a Franco G. Freda

Entrevista a Franco G. Freda


(“Corriere del Veneto”, 12-12-2009)

Cos'è per lei Piazza Fontana?

«Il mio predicato criminale. Farò una ri­chiesta alle autorità per aggiungerlo al mio nom de plume, Luciano Lìcandro. Voi­là: Luciano Lìcandro di Piazza Fontana. Le piace? Suona bene?».

Sempre innocente?

«A questa domanda hanno già rispo­sto, autorevolmente, le corti di Catanzaro e Bari. Non si abbia l'insolenza di fingere che questa risposta che dichiara la mia non responsabilità criminale non sia stata data».

Riconosce qualche altra accusa?

«Sì, l'attentato che da oltre cinquant'an­ni muovo alla visione del mondo della de­mocrazia».


«Se Freda dicesse la verità», dice il giu­dice Stiz che per primo ha indagato su di lei. «L'unica verità è che sono stati lo­ro: Freda e Ventura». Lo raccontano le sentenze. Cos'è per Freda un giudice, una sentenza? Cos'è la giustizia terrena?

«Un giudice è un attaché dell'ordine giudiziario che si sente ministro sacerdo­tale della giustizia. Se la politica è la conti­nuazione della guerra con altri mezzi, la politica giudiziaria, con le sue sentenze, è anch'essa prosecuzione della guerra, gio­cata attraverso la posologia delle sanzioni. Una sentenza è una battaglia. Ma la guerra continua. Non può esaurirsi, impastata com’è di essa la vita.Giustizia è subordinazione dei peggiori ai pochissimi migliori: della massa dei peggiori ai po­chissimi migliori. E' regime castale. E' sot­tomissione ai 'belli-e-buoni'. Non è certo intrisa, la giustizia, di ipocrita bava senti­mentale».

Una strage di Stato. Servizi, copertu­re, depistaggi, strategia della tensione. Cosa ne pensa?

«Penso che riesca a darsi da solo la ri­sposta circa l'imbecillità di questo assem­blaggio di elementi, che può giustificarsi solo nel disordine di una rissa politica, cui non è di mio gusto partecipare. Chi ha for­mulato simili ipotesi parla di verità, ma in realtà non la persegue, voglioso di coltiva­re solo il proprio 'particulare' interesse. La sua è strategia di astensione dalla veri­tà».

Se qualcuno ha voluto la strategia del­la tensione per creare un nuovo ordine di idee, un cameratismo antisovietico, ha fallito. Non crede?

«In qualsiasi comportamento umano c'è tensione. Forse oggi non più, tant'è ve­ro che si ricorre a sostanze psicotrope per eccitarla, oppure ai transessuali. Oggi la tattica è quella dell'entropia, della catato­nia, dell'abbassamento, dell'estenuazione. Io fin dall'adolescenza mi sono riconosciu­to in un sentimento e in una idea del mon­do radicalmente ostili alla democrazia, ov­vero all'egualitarismo, ossia al cristianesi­mo, dunque alla modernità nel suo com­plesso, alla decadenza che la connota. Vi­vendo questa ostilità, ho colto in quei regi­mi castrensi del secolo scorso, meglio no­ti come fascismi, delle forze di reazione, delle insurrezioni contro la decadenza, germinate, tutta­via, dal suolo della moderni­tà. Per impiegare una metafora: nell’autunno della decadenza, i fascismi hanno avuto il significato di una ‘estate di san martino’, che, alla fine, è un preludio alla caduta».


Che sistema ne è uscito secondo lei?

« Ma è possibile che lei non avverta quanto la sua domanda sia anacronistica oggi, di fronte al nuovo paesaggio che si disegna, di guerre razziali, di conflitti etnici? Continua a parlare di assetti sociali, di antagonismi ideologici, di istanze distributive di ricchezza, mentre osserviamo le convulsioni, l’agonia in cui si dibatte la nostra razza?

Chi è Franco Freda?

«E’ un uomo che ha agito come ha il do­vere di comportarsi un soldato politico, un miliziano, quando combatte dietro le linee nemiche. In questo caso, quelle della democrazia. La sua linea di condotta rima­ne quella cantata da Bertold Brecht, ebreo comunista di rango. Nella mia parafrasi: 'Chi combatte per il sentimento e l'idea del mondo in cui si riconosce deve conti­nuare la battaglia e interrompere la batta­glia; dichiarare la verità e celare la verità; protendersi e ritirarsi; irrigidirsi e piegar­si da giunco fino a che la corrente non sia passata. Chi combatte per il senso e l'idea del mondo in cui si riconosce ha tra tutte una sola divisa: nulla tralasciare per com­pierli e realizzarli'. La mia vocazione è quella dell'uomo che abbia dignità e ri­spetto di sé».

Ordine Nuovo: un movimento, un'idea, un'illusione o cosa?

«Niente. Ma non il niente del nichili­smo. Proprio niente, aria fritta».


Carlo Maria Maggi (il dottore venezia­no di Ordine Nuovo) dice: non c'erano contatti con i padovani, ci si detestava. E' vero?

«L'aria fritta si può detestarla?».

Maggi dice anche che secondo lui la pista più probabile è Valpreda. Come la vede?

«Mi scusi, ma l'espressione aria fritta non esaurisce il tutto del niente?».


Secondo l'agente Spiazzi invece, sareb­bero stati gli americani. Tutti dicono la loro. Le viene da ridere?

«Ci sarebbe da piangere quando i latrati e i guaiti della canaille raggiungono la lu­na».


Cos'è una strage di gente comune?

«Si rivolge a me? Perché non ai dirigen­ti del Pentagono, che hanno pianificato le stragi, l'altro ieri in Serbia, ieri in Iraq, og­gi in Afghanistan? Per non ricordare Hiro­shima, Nagasaki, Dresda, la Palestina… Perché loro non sono testimoni di Evola, ma di Yahvè?…»


Piazza Fontana le ha cambiato la vita?

«Non confonda il fatto con la sua proie­zione giudiziaria, processuale. Quest'ulti­ma mi ha imposto quattordici anni di clau­sura, che per me ha significato una guerra di posizione, un radicamento nella mia li­nea di fronte».

Sopporti l’ultima domanda borghese: chi è stato?

«E lei sopporti questa massima di Shakespeare: 'I segreti si affidano al cuo­re, non alla lingua'. E se per assurdo io avessi un segreto, lo affiderei alla sua gaz­zetta cursoria?».

Andrea Pasqualetto

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A Revolução é como o Vento

Coração Rebelde !!!!


Teatro Grotesco ao vivo

Guénon R., 'A crise do mundo moderno'.

>
Guénon R., 'A crise do mundo moderno'.
(Reprodução de uma recessão que apareceu no 'Margini. Letture e riletture' - periodico da Libreria Ar)



'Se nos anos '20-40' o trabalho de Guénon foi mediado principalmente por Evola, em Itália, Giorgio De Reghini, no momento imediato ao pós-guerra na Rivista di Studi Iniziatici (série nova da revisão anterior Mondo Occulto), com sede em Nápoles, assumiu os cargos, traduzindo vários escritos de Guénon e fazendo explicitamente referência ao jornal francês Études traditionnelles Guenon.
Retiramos uma recessão que apareceu no Occult Mundo:

"Este trabalho de Guenon [A crise do mundo moderno, ndr], que a editora Hoepli queria tornar acessível ao maior público italiano, não deve ser confundido com os muitos outros que lidam com a ' crise ' e ' tramonto ' ocidental.
Estas críticas não são ociosas, mas de uma visão crua, viril, realista, que não proceda de pontos de vista pessoais ou especulações dialécticas, mas do ponto de vista da própria verdade. Guénon confronta o problema do sentido e destino do mundo moderno, em nome da 'tradição', no sentido mais elevado do termo e universal.·
Ele pode ser considerado como o maior expoente na Europa do 'tradicionalismo integral': a defesa dos valores espirituais, da hierarquia , da personalidade espiritual que é nele ''inattenuata'', precisa e desprovida de compromisso como em poucos outros nossos contemporâneos. Sob este aspecto, e com um estilo de clareza cristalina, são discutidos no livro, os maiores problemas da civilização moderna, não só nos aspectos éticos, sociais e científicos, mas também na religião, e finalmente, se coloca o problema das relações entre Oriente e Ocidente, e mostra os caminhos e condições para a superação da decadência europeia e da função e da formação da nova ' elite '.
Para coragem, determinação e amplitude real e novidade de horizontes, alguns livros - como diz o tradutor [J. Evola, ndr] numa densa introdução - são, como este de Guénon, uma forma revolucionária: dado que para 'revolução' se entenda que seja uma revolta contra um determinado estado de facto uma renovação , seja um retorno ou uma conversão (re-volução) aos princípios perenni - 'eternos-perpectuos'- em cada verdadeira grandeza humana .
Por isto uma tal obra não só oferece um interesse directo a cada classes de leitores, mas constitui uma valioso contributo para a orientação das vanguardas intelectuais mais conscientes da nova Itália fascista e para o reforço da frente supranacional de todos aqueles que hoje entram em campo contra as forças das trevas e decadência.'


(arriscando tradução A.Ginja)


http://www.libreriaar.com/

"Noite de Solsticio" , 'Veleno de Teixo'

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Vida & Morte


''Quando não se tem imaginação morrer é pouca coisa,
quando se tem, morrer é demasiado''

Céline

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

União

QUERO DOS DEUSES


QUERO DOS DEUSES



'Quero dos deuses só que me não lembrem.
Serei livre - sem dita nem desdita,
Como o vento que é a vida
Do ar que não é nada.
O ódio e o amor iguais nos buscam; ambos,
Cada um com seu modo, nos oprimem.
A quem deuses concedem
Nada tem liberdade.'


(Ricardo Reis)


domingo, 6 de dezembro de 2009

''A côr da Romã''

'A cor da Romã' (1968), do cineasta russo Sergei Paradjanov. Câmara parada, nenhum diálogo, vento sobre iluminuras




Um trabalho original que apesar de ser realizado com poucos diálogos ou movimentos de câmera,consegue superar muitos outros de temas e formas semelhantes. Podemos considerar uma das grandes obras-primas do cinema do século XX. Única pelo seu 'delírio imaginativo' um autêntico poema visual .

Existem cenas mais marcantes da história do cinema e formas de interpretação e representação que em parte são ainda hoje desconhecidas da maioria do público e da vulgar crítica comum.

Tenta reproduzir o impacto da arte medieval , residuos do mundo antigo, a essência viva das origens da arte e do povo da Arménia remota.

O filme da autoria de Paradjanov relata a vida de Sayat-Nova (c.1712-1795), um músico, poeta e revolucionário da Arménia.
Foi proibido, remontado e permaneceu como um dos filmes mais importantes já realizados no cinema
.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

DUNE

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Galandum Galundaina - Senhor Galandum



Novo albúm de Galandum Galundaina intitulado :

'Senhor Galandum'



quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Edição fac-similada marca 75 anos da “Mensagem” de Fernando Pessoa




Para comemorar o 75º aniversário da “Mensagem”, a Guimarães lança um fac-símile do dactiloscrito que Pessoa entregou nas oficinas tipográficas da Editorial Império, onde o livro foi impresso. A "Mensagem" foi o único livro de poesia que Fernando Pessoa publicou em vida.



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ulisses em Eça de Queirós


Ulisses em Eça de Queirós

'' Como facilmente se compreende numa perspectiva holística, o hipotexto homérico em que Eça de Queirós se baseou na tradução de Leconte de Lisle (1868), desligado do poema em que se insere, é muito pobre, relativamente ao conto queirosiano e, mais em concreto, à ideia‑chave que comanda todo o texto, a perfeição, que, enquanto atributo dos deuses, repugna à condição humana.
Eça de Queirós principiou por realçar esta ideia através de um cuidado e bem sucedido retrato físico e psicológico de Ulisses na ilha Ogígia, como cativo da deusa Calipso.

Dele sobressai o contraste entre uma vida aburguesada de ócio, prazer e conforto – mas que o desumaniza – com a sua antiga vida de herói lutando contra ventos e marés, contra privações e obstáculos, mas por essa mesma luta humanizado, isto é, idêntico a si mesmo.
A análise do retrato é esclarecedora.

Com efeito, quando o narrador nos informa que das mãos de Ulisses desaparecera a aspereza calosa e tisnada das armas e dos remos»; quando se refere às «pregas moles» da sua «túnica bordada de flores escarlates», cobrindo «o seu corpo poderoso que engordara»; quando ele diz que «reluziam esmeraldas do Egipto» nas «correias das sandálias que lhe calçavam os pés amaciados e perfumados de essências»; quando, enfim, nos apresenta Ulisses com «o seu bastão» –«maravilhoso galho de coral» – rematado em «pinha de pérolas, como os que usavam os deuses marinhos»;
quando nos fornece todos estes pormenores, não está apenas a deliciar‑nos com uma bela descrição plástica: numa simbiose bem conseguida, de forma e de fundo, aponta‑nos para o grande leit‑motiv da semiótica do conto – a desumanização do herói face à epopeia homérica, onde surge como um náufrago, nu, magro, esfomeado, carente e de fraca figura.

Assim o arremessara à ilha o mar revolto, havia dez anos.

Mas era também nessa situação que Ulisses se afirmava como homem. Agora, na prolongada segurança e conforto, garantidos pela forçada companhia da deusa que para sempre o queria fazer imortal, o herói sente que sua humana condição se vai esvaindo. É que onde os imortais e os mortais se associam na partilha da felicidade, é aí que surge a morte do homem, pois essa felicidade talhada não à sua medida, mas à medida e segundo o critério dos deuses, torna‑se presente envenenado e só pode redundar para ele em suplício mortífero.


Mas o desfiar da intriga confirma e aprofunda a ideia sugerida pela etopeia do herói. Calipso, em conversa com ele, compara‑se à sua mortal esposa, dizendo: «Je me glorifie de ne lui être inférieure ni par la beauté, ni par l'esprit, car les mortelles ne peuvent lutter de beauté avec les immortelles» (1868: 76). A ninfa sabe retórica e recorre à lítotes, para se tornar mais expressiva. Ulisses, sempre «subtil» até nestes pormenores, responde‑lhe adequadamente:

«Je sais en effet que la sage Pénélopéia t'est bien inférieure en beauté et majesté. Elle est mortelle, et tu ne connaîtras point la vieillesse; et, cependant, je veux et je désire tous les jours revoir le moment du retour et regagner ma demeure" (ibid.).

E por aqui se fica o herói homérico.
Mas o Ulisses queirosiano, muito pelo contrário, apresenta‑se na plenitude da sua eloquência e recupera o outro dos dois elementos da sua areté – o dom da palavra alada, «como na Assembleia dos Reis, diante dos muros de Tróia, quando plantava nas almas a força persuasiva» (1902: 339‑340). O seu discurso constitui uma longa e brilhante paráfrase da matriz homérica. Mas é muito mais que isso. Há nele uma diferença fundamental, face ao Canto V da Odisseia. No poema homérico, Ulisses não troca Penélope, apesar de («Cependant») mortal, e imperfeita –, por Calipso, apesar da sua imortalidade e perfeição. Esta ideia sofre, no hipertexto queirosiano, aquilo a que com Gérard Genette (1982:372) poderíamos chamar uma «transmotivação hipertextual», e consiste em dois níveis de transformação, a partir do menos radical para o mais radical, a que correspondem, respectivamente duas fases.
Numa primeira fase, a concessão transforma‑se em causa:

«Justamente pelo que ela tem de incompleto, de frágil, de grosseiro e de mortal, eu a amo, e apeteço a sua companhia congénere!» (1902: 331).

Portanto, em Homero, é a pessoa de Penélope que está em primeiro lugar: Ulisses prefere‑a a Calipso, apesar de imperfeita. A tónica é posta na pessoa e não na sua imperfeição.
Em Eça de Queirós, é a própria imperfeição, enquanto incarnada em Penélope e, portanto, como signo da sua condição humana, que se torna a causa principal da sua preferência:

Ulisses prefere‑a a Calipso «justamente porque», isto é, porque imperfeita. Numa segunda fase, a ideia é como que retesada até um ponto máximo de tensão, para sofrer uma transformação mais radical.
Calipso põe a questão a Ulisses:
«Se em Ítaca não te esperasse a esposa tecendo e destecendo a teia, e o filho ansioso que alonga os olhos incansados para o mar, deixarias tu, oh homem prudente, esta doçura, esta paz, esta abundância e beleza imortal?» (1902: 339).
A resposta do herói aparece rápida e convicta:
«...ainda que não existisse para me levar, nem filho, nem esposa, nem reino, eu afrontaria alegremente os mares e a ira dos Deuses!» (ibid.).

Agora é a imperfeição enquanto tal, desincarnada, abstracta, a imperfeição pela imperfeição, como valor humano em si, o móbil fundamental da sua vida.
A defesa da sua posição é conduzida com inegável brilho e pode sintetizar‑se no profundo nojo humano daquela «perfeição divinas» daquele presente «perfeito» daquela impassibilidade eterna, que, monótona e estagnada, emparedava o herói entre a nostalgia de um passado «imperfeito» e a ânsia de um futuro novamente «imperfeito» mas talhado por si mesmo, à medida da sua humana condição, que lhe permitisse ver «o que se deforma, e se suja, e se espedaça, e se corrompe» (1902: 341).

Ulisses recusa a imortalidade e assume a sua queda na história.
Ora isto é inteiramente novo, face ao hipotexto da Odisseia.....''



Texto publicado no volume colectivo Literatura Comparada: Os Novos Paradigmas, Porto, Associação Portuguesa de Literatura Comparada, 1996, pp. 569-574.

"Hokusai - An Animated Sketchbook"