segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Deserto dos Tártaros

“Futurisms: Precursors, Protagonists, Legacies”




Entre os dias 1 e 3 de Dezembro, irá realizar-se, em Utrech, a conferência internacional “Futurisms: Precursors, Protagonists, Legacies”.

futurisms@uu.nl.
http://www2.hum.uu.nl/congres/futurisms/

domingo, 15 de novembro de 2009

O Rapto de Europa


'' Europa é filha do rei fenício Agenor.

Um dia, ao divertir-se com algumas companheiras junto das águas azuis do Mediterrâneo, atrai a atenção de Zeus, supremo senhor do Olimpo, e inspira-lhe uma paixão tão súbita como imperiosa.

Disfarça-se Zeus de touro - um touro esbelto e dominador. Ao verem-no surgir na praia, as jovens fenícias acolhem-no com simpatia e fazem-Ihe repetidas festas.

Em certo momento, o touro dourado ajoelha-se diante de Europa, estende-Ihe o dorso humilde. A princesa aceita o convite, com um sinal às amigas para que venham também experimentar a imprevista montada. Logo, porém, Zeus larga em correria vertiginosa.

Já se mete pela água dentro. Europa, receosa, olha para trás, despede-se dos pátrios areais. Somem-se as derradeiras linhas da costa. Ei-Ios em pleno mar alto, a deslizar por cima das vagas.

Europa já cessou de ter medo. Deixa-se ir, entregue à extraordinária aventura, e pergunta:
- Para onde vamos? Quem és tu? Não serás um deus?

E o touro divino responde à interrogação da princesa:
- Nada receies. Sou Zeus e estou enamorado de ti.

Levo-te para Creta, a ilha em que vi a luz. Aí te darei uma série de belos filhos e todos hão-de reinar entre os homens. ''



João Ameal,

História da Europa, Editorial Verbo

sábado, 14 de novembro de 2009

Life's Decay

Novo Album:
Life's Decay - Dysrieuses CD



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Antologia de Poesia Erótica e Satírica

Antologia de Poesia Erótica e Satírica


O Cativeiro de Afrodite

'' Quando Carolina Michaëlis de Vasconcelos se ocupou das cantigas satíricas dos nossos Cancioneiros medievais, sacrificando os preconceitos no altar da cultura, declarou que não evitaria as obscenidades que tão desafogadamente ocorrem no género burlesco dos Cancioneiros, sempre que estivesse em causa apurar a verdade.

Fazer nossas as palavras da corajosa investigadora, é uma homenagem que o seu exemplo nos impõe, afrontando uma moral onde à feminilidade sempre coube observar a regra de uma discrição apetecida pelo idealismo patriarcal.

Trata-se igualmente de abordar uma verdade, o propósito desta Antologia, cujas páginas encerram a não menos autêntica dimensão do génio poético português, escamoteada pela duplicidade de um jogo psíquico que tanto mais ascende ao vértice do arrebatamento da alma, quanto mais desce aos nossos esconsos das maquinações do instinto.

Meter ombros esta empresa, mais não é do que realçar a urgência de saneamento de uma época cuja legislação sexual, fundamentada na doutrina de Ambrósio, Orígenes, Agostinho e Jerónimo (R. briffaut, «The Mothers»), se exerce em conflito com um comportamento que exprime a anárquica tentativa de recuperar a natureza para salvaguardar o género humano dos valores em crise que persistem em configurá-lo. Não estamos pois, longe do estímulo afrodisíaco da repressão medieval, mesmo com as maiores ousadias literárias do século, como no caso de Jean Genet''.

Natália Correia



Antologia de Poesia Erótica e Satírica
Vários

Ed.Afrodite,1966.


Yamazakurabana




O poema gravado na ‘‘tsuba’’ da espada japonesa de autoria de Motoori Norinaga no século XVIII.


‘’ Shikishima No Yamato-Gokoro Wo hito To Waba Asahi Ni Niou Yamazakurabana’’

‘’Se quisermos falar , numa palavra do sentimento japonês (podemos dizer) é o perfume matinal das flores de cerejeira da montanha’’,


Les Samourais ,

Jean Mabire e Yves Breheret,

Editora Ballard, Paris,1972 ,p. 329.



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Negros olhos de um rebelde ...!!!!!!



Negros olhos de um rebelde ...!!!!!!



“É rebelde, por conseguinte, alguém que posto pela lei da natureza em relação com a liberdade,
se arrasta no tempo a uma revolta contra o automatismo e a uma recusa de admitir
a sua consequência ética_ o fatalismo ”


Junger



'Orgânico'' e ''Mecânico''



''Orgânico'' e ''Mecânico''





'A diferença entre ''orgânico'' e ''mecânico'', em matéria social, é uma questão de moral :

O''orgânico'' é o resultado de inúmeros humildes actos;

O''mecânico'' é o resultado de um decisivo acto de arrogância. '


Nicolas Gomez Davila


domingo, 8 de novembro de 2009

Magusto

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Polvora Y Sangre

Polvora Y Sangre





"O efeito imediato e incontornável do Estado liberal-parlamentar foi a entrega, a todos os grupos e partidos políticos, da tarefa de marcar a «cada hora» o rumo a seguir; e fazer do Estado e da vida nacional uma ferramenta transitória, sem fidelidade essencial a nada, deu origem a todas as misérias políticas, todas as lutas vergonhosas, todos os injuriosos atropelos sobre o corpo e a alma do génio nacional que podem seguir-se facilmente em qualquer período de qualquer povo em que tenha tomado forma um Estado liberal-parlamentar."

Ramiro Ledesma Ramos
in "Ideas sobre el Estado", Acción Española, 1933.


http://infoinconformista.blogspot.com/



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Song of The Well

A Desfolhada



Em rodas sentados à volta de um grande monte de milho....desfolhando o milho: tiramos o folhelho e separamos o milho.

Enquanto se faz a desfolhada cantam-se músicas tradicionais.
O convívio é sagrado e o ritual alimenta toda a tradição, contacto e união entre a comunidade.
Quem encontrasse o milho-rei, nome que se dá às espigas de milho vermelho, tinha que dar um beijo aos outros.

Em seguida, come-se um bom petisco: azeitonas, broa e salpicão. Uma delícia!
Depois de desfolhado o milho, dançam.

A desfolhada!

Trieste 1953

Trieste 1953





'O Território Livre de Trieste foi criado em 1947 na sequência do tratado de paz com Itália no final da II Guerra Mundial dissolvendo-se em 1975.

A T.L.T. foi dividido em duas zonas:
A Zona A:
De 222,5 km ², com cerca de 310.000 habitantes (dos quais as estimativas dos Aliados, 63.000 eslovenos) de San Giovanni di Duino, incluiu a cidade de Trieste e termina em Muggia, foi administrada por um governo militares Aliados (Allied Military Governo - Território Livre de Trieste - British U. S. Zone);

Zona B:
Com o norte-Istria ocidental, com 515,5 km ², e cerca de 65.000 habitantes (35.000 italianos, 22.000 Eslovenos e croatas 9000 as estimativas de alguns historiadores. Que foi administrada pelo Exército da antiga Jugoslávia.
A Zona B foi, por sua vez, dividido em duas partes:
O distrito italiano-esloveno de Koper e o distrito de Italiano-Croata Buie, separados pelo rio Dragonja. Koper tornou-se a sede das antigas bases militares e civis na área.
Este fenómeno causou uma assimetria nas administrações.

A zona-A foi de administração não fronteiriça controlada por britânicos e americanos. A zona-B serve de estado-tampão com o estado vizinho, a Jugoslávia (que aspiravam ao anexo todo o território).

Quase nunca funcionou como um verdadeiro Estado independente. As suas operações foram dependentes da nomeação de um governo pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. A escolha do governo durou vários anos, ao longo dos quais, foram propostos vários nomes sistematicamente vetados por ambas as partes (tanto da parte dos aliados como dos russos).

Em 1952, na Zona A, certos poderes (incluindo a Direcção de Finanças e Economia), foram confiados aos gestores nomeados directamente pelo governo italiano.

No entanto, em 5 de Novembro e 6 de 1953 em Trieste, houve violentos combates nas ruas por parte de quem apelava para a reunificação da cidade para Itália e contra a presença administrativa da ONU.
Seis pessoas foram mortas em motins pertence ao grupo italiano étnicas (os mortos seis mais tarde foi condecorado com a medalha de ouro no valor do governo italiano).'

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Autumn Light


Autumn Light

''Hail to the autumn light
Hail to the autumn night
How I live for your gentle respite
And the long slow death of the year

Summer is over and autumn is come
The sun now gentle, her strength fading long
She spills her love on homestead and tree
And bears her burden to shadowed reprieve

The wind whispers a soothing harmony
Amid red leaves that shed to the time
Of some hidden rhythm deep inside the earth
That bears us down and into rebirth

Hail to the autumn light
Hail to the autumn night
How I live for your gentle respite
And the long slow death of the year

I love the shadows of rustling tree leaves
I love the soothing scent of cold air shifting
I love the long nights borne round the home fire
And the arms of my lover that stoke my desire

I love the cool tang of the earth on my feet
I love the grey clouds that brood without conceit
I love the bird song as life ekes its last
The days grow shorter, the moon reclaims his task

Hail to the autumn light
Hail to the autumn night
How I live for your gentle respite
And the long slow death of the year''


~ Henry Lauer



Manifesto futurista


Manifesto del futurismo
"Le Figarò" 20 Febbraio 1909

''
1- Noi vogliamo cantare l'amor del pericolo, l'abitudine all'energia e alla temerità.


2- Il coraggio, l'audacia, la ribellione, saranno elementi essenziali della nostra poesia.

3- La letteratura esaltò fino ad oggi l'immobilità penosa, l'estasi ed il sonno. Noi vogliamo esaltare il movimento aggressivo, l'insonnia febbrile, il passo di corsa, il salto mortale, lo schiaffo ed il pugno.

4- Noi affermiamo che la magnificenza del mondo si è arricchita di una bellezza nuova: la bellezza della velocità

5- Noi vogliamo inneggiare all'uomo che tiene il volante, la cui asta attraversa la Terra, lanciata a corsa, essa pure, sul circuito della sua orbita.

6- Bisogna che il poeta si prodichi con ardore, sfarzo e magnificenza, per aumentare l'entusiastico fervore degli elementi primordiali.

7- Non vi è più bellezza se non nella lotta. Nessuna opera che non abbia un carattere aggressivo può essere un capolavoro.

8- Noi siamo sul patrimonio estremo dei secoli! poichè abbiamo già creata l'eterna velocità onnipresente.

9- Noi vogliamo glorificare la guerra-sola igene del mondo-il militarismo, il patriottismo, il gesto distruttore

10- Noi vogliamo distruggere i musei, le biblioteche, le accademie d'ogni specie e combattere contro il moralismo, il femminismo e contro ogni viltà opportunistica o utilitaria

11- Noi canteremo le locomotive dall'ampio petto, il volo scivolante degli areoplani. E' dall'Italia che lanciamo questo manifesto di violenza travolgente e incendiaria col quale fondiamo oggi il Futurismo ''


Estas são as palavras com que Filippo Tommaso Marinetti funda em 20 Fevereiro de 1909 em Paris 'O manifesto futurista'.