'' De rosto enxuto
e coração lavado
no sonho absoluto
das lutas - e do luto
que, minuto a minuto,
as tem marcado...
Batalhão surto
em pleno descampado...
-... somos o ÚLTIMO REDUTO
do passado.
(Uma seara de nucas,
tendo o Sol por estandarte...
... e um enxame de Stukas
em formação de combate).
No barro abrupto
de um chão doente,
deu flor, deu fruto
essa semente:
gente produto
da mesma gente…
Nosso estatuto:
seguir em frente!
-... somos o ÚLTIMO REDUTO
do presente.
(Vede as euro-legiões
que passam, de voz acesa...
Centauros... Centuriões...
Giovinneza!... Giovinneza!...).
Todo o tempo é curto,
qualquer passo é duro.
De olhar resoluto,
fixando o escuro...,
lutai como eu luto
p'ra abolir o muro.
Com sangue impoluto
e em solo inseguro...
-... somos o ÚLTIMO REDUTO
do futuro.''
Rodrigo Emílio